Edimilson Eufrásio: Um neorromântico Pós-moderno

16/06/2020 às 09:56:15   185 visualizações

O título lhe foi atribuído pelo Mestre em Literatura Brasileira (UFRGS), Eduardo Jablonski, que conheceu numa viagem feita a Gravataí/RS, por ocasião da 33° Feira do Livro, no final de 2019. Eduardo é de Santo Antônio da Patrulha, cidade que Eufrásio teve o prazer de conhecer através do amigo e escritor Borges Netto, presidente-fundador do CLG – Clube Literário de Gravataí.Passar para o conteúdo principal
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O título lhe foi atribuído pelo Mestre em Literatura Brasileira (UFRGS), Eduardo Jablonski, que conheceu numa viagem feita a Gravataí/RS, por ocasião da 33° Feira do Livro, no final de 2019. Eduardo é de Santo Antônio da Patrulha, cidade que Eufrásio teve o prazer de conhecer através do amigo e escritor Borges Netto, presidente-fundador do CLG – Clube Literário de Gravataí.
 
O poeta e escritor paulista de Americana/SP, Edimilson Eufrásio por ocasião de seu encontro com o crítico Jablonski, e lhe teria solicitado que elaborasse um manuscrito sobre críticas de suas obras e, prontamente, foi atendido. Porém, um convite feito pela Universidade de Porto Alegre a Eduardo, o impediu de concluir o trabalho e sua análise sobre as quatro obras de Eufrásio.

Mas foi o tempo suficiente para que Eduardo Jablonski com toda sua capacidade intuitiva e genialidade de exímio profissional, pudesse definir o poeta Edimilson Eufrásio como: Um neorromântico Pós-moderno e exemplificou: “usar a expressão ‘lágrimas’ é coisa de poeta romântico ou, no caso, neorromântico, porque estamos no começo do século XXI. O lado positivo é que os autores daquela escola cultivavam a liberdade criadora, e por essa razão Hegel (2000) os definiu como o ápice da cultura”.

Ainda segundo Jablonski, uma outra possível comprovação de que Edimilson Eufrásio seria um neorromântico é que defende a inspiração, o que era uma das características desses autores. “Há escritores que acreditam na inspiração como uma espécie de despejamento da alma.  Existem formas diferentes de se chamar ao mesmo objetivo, que é proporcionar ao leitor que atinja o sublime ao ler um texto”.

O crítico gaúcho disse mais: "Edimilson Eufrásio se desnuda através da palavra. Seus pensamentos e crenças aparecem numa reflexão, num verso, numa imagem  e o leitor vai se dando conta de que ser humano está ali, representado em texto. Sua poesia assemelha-se a um bate-papo com o leitor, mas sempre em outro patamar, porque ele não apenas conversa, faz mais do que isso: filosofa e dá lições de vida”, analisou Jablonski.

A literatura de Edimilson Eufrásio é puro sentimento. Quando percebe que as sensações transbordam de dentro de si, ele necessita colocá-las no papel ou num arquivo de computador. Provavelmente seja dessa forma o seu processo criativo. Edimilson Eufrásio é um poeta ou cronista, dependendo de como sua produção está disposta, porém, de tanto escrever acerca do amor e suas mais variadas nuances, é como se perambulasse pelo ensaios, porém um ensaio mais livre, como fazia Montaigne (1996).

Mas tudo se baseia na inspiração e no sentimento. Trata-se de um caminho pedregoso e difícil de trilhar. Rilke (Rainer Maria) já ensinou que não deveríamos percorrer os grandes temas, porque todos os maiores já haviam escrito a respeito. No entanto, o escritor de Americana, cidade do interior de São Paulo, não se importa e vai adiante, construindo todas as suas reflexões em nome do amor.

A característica principal da poética de Edimilson Eufrásio, como ele próprio revelou num texto metalinguístico, é cultivar a inspiração e escrever em forma de desabafo, talvez sem revisar depois, como vários poetas fazem. Mas, às vezes, alguns versos se aproximam dos autores que têm por hábito reescrever os seus poemas.

Alguns escritores lidam com certos elementos da vida como se fossem simbólicos. Edimilson Eufrásio trata as beldades como a luz da sua existência, e até por essa razão disse: “A minha estrada é escura sem o teu olhar.” (EUFRÁSIO, 2005, p. 163).

O poeta Edimilson Eufrásio acredita conhecer os mistérios da vida após a morte e disse que se encontravam na sua obra chamada Pra toda vida, publicado em São Paulo, em 2018. Suas reflexões vão ao encontro do pensamento cristão, fé que o autor já mostrou em Lágrimas de Poeta. Ele acredita em tudo que os teólogos do medievo escreveram sobre a tradição cristã, que Deus existe, que Deus é amor, que só há salvação por intermédio dos ensinamentos de Jesus.

Edimilson Eufrásio comenta a sensação que possui de ter condições de estar em vários locais ao mesmo tempo, como um ser onisciente e onipresente: “Talvez seja o fenômeno da bilocação que me faz estar em dois locais ao mesmo tempo. Acontece que, às vezes, me encontro em vários locais ao mesmo tempo (...)” (EUFRÁSIO, 2018, p. 21)

O autor se faz perguntas do por que de dispor desse poder, qual a razão disto: “Eu sou capaz, eu quero, eu sonho, eu desejo, eu preciso responder a mim mesmo as interrogações que tanto me perturbam.” (EUFRÁSIO, 2018, p. 21)

O autor admite que o importante é tudo aquilo que poderemos levar conosco a uma possível continuação de nossa vida após a morte: “É uma bagagem de amor, de fé, de conhecimento, de solidariedade, de generosidade, de ensinamentos, isso tudo que você vai levar consigo e ninguém poderá tirar de você.” (EUFRÁSIO, 2018, p. 23).

Neorromantismo ou Romantismo

O termo neorromantismo é utilizado para definir uma variedade de movimentos na filosofia, literatura, música, pintura e arquitetura, assim como movimentos sociais que existem depois e incorporam elementos da era do Romantismo. Tem sido usado como referência a compositores do final do século XIX e começo do século XX. Carl Dahlhaus descreve como "um florescimento tardio do romantismo numa época positivista".

Neorromantismo, bem como o Romantismo é considerado em oposição ao naturalismo de fato, tanto quanto a música está em causa, o naturalismo é considerado como alienígena e até mesmo hostil (Dahlhaus 1979, 100).

 “Observador Participante e ou poeta epidérmico”

Já na opinião de Mauriney Eduardo Vilela (Ney Vilela), Presidente da Academia Jahuense de Letras, Edimilson Eufrásio em impressões - transformadas em poesia - fazem dele aquilo que os antropólogos chamam de “observador participante”. De certa forma, suas poesias não são mera ilustração de como são as pessoas no Brasil contemporâneo, mas a essência de uma brasilidade histórica. Brasilidade apresentada por imagens que parecem desconectadas, cambiantes, limitadas, mas que foram aproveitadas, muitas vezes, de maneira genial.

Vilela disse ainda que “existem os poetas epidérmicos, cuja sensibilidade os levam à poesia de maneira avassaladora, irrecorrível. É o caso de Edimilson Eufrásio. Sua poesia é filha de uma percepção refinada que busca, em tudo, o encantamento e a solidariedade. Seu tema é o cotidiano, ou seja, quando Edimilson Eufrásio se decide por escrever - seja uma poesia, seja uma crônica - é para acompanhar as alegrias e desventuras das pessoas”.

E, Mauriney Eduardo Vilela conclui: Edimilson Eufrásio, adaptando uma frase de Karl Marx: “as pessoas fazem suas vidas, mas não as fazem nas circunstâncias escolhidas por elas, e sim nas circunstâncias diretamente encontradas, proporcionadas e transmitidas pelo passado”; e eu acrescento: e pelo mundo à volta delas.

“SE NÃO TEM SENTIMENTO, SE IGUALA A UMA PEDRA, QUE RESISTE AO TEMPO, ENVELHECE E NÃO SAI DO LUGAR”. EDIMILSON EUFRÁSIO

 

Edimilson Eufrásio

É Membro Titular da Academia Jahuense de Letras – AJL/SP

É Membro Titular da Academia de Letras e Artes de Praia Grande -ALAPG/SP

É Membro Representante no Estado de São Paulo do Clube Literário de Gravataí/RS – CLG

edimilsoneufrasio@uol.com.br

Contatos: (14) 3646-3242 e (14) 99604-3131 (whatszap)

Endereço Blog: http://edimilsoneufrasio.com.br/

 

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Shirley Cavalcante
smccomunicacao@hotmail.com

Fonte: https://www.minhodigital.com/news/literatura-111

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